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CONHEÇA UM POUCO DA HISTÓRIA DE ALGUNS DOS DOCES MAIS TRADICIONAIS DE NOSSA CULTURA

Por Bianca Marchetti
É Dia das Crianças e gostaríamos de comemorá-lo trazendo à memória alguns dos doces que fizeram parte da infância da maioria de nossos leitores. Quem não se lembra daquele docinho de abóbora em formato de coração. Sabe a origem dele? Diz a lenda que um garoto ruivo o teria criado, por acaso, para presentear a namoradinha. Descobrimos também como o açúcar foi parar sobre a jujuba e que muitos docinhos foram batizados com nomes tupis. Veja abaixo essas e outras histórias que vão mexer com a memória e aguçar o paladar.



Paçoquinha
A paçoca de amendoim nasceu no interior do Estado de São Paulo. Seu nome tem origem do tupi e significa, não por acaso, esmigalhar. O doce feito de amendoim, farinha de mandioca e açúcar é, sem dúvida, um dos favorito da maioria das pessoas.  Tradicionalmente ela estrela as festas juninas. O tipo rolha aparece em forma cilíndrica e com cor semelhante ao objeto. Uma ótima opção para alegrar a criançada no dia delas.



Jujuba
Há várias histórias sobre a jujuba (ou bala de goma, como preferir). A começar por seu nome. O doce teria sido batizado pelos índios. Seu nome vem do tupi-guarani e significa “curumim gago querendo dizer juba”. O motivo da nomeação, no entanto, é desconhecido. Nessa época, o doce ainda não era coberto por açúcar colorido. A invenção foi um acaso. Outra lenda urbana diz que o açúcar por cima da jujuba teria sido adicionado à balinha pelo escritor russo Fiódor Dostoievski, autor de Os Irmãos Karamazov. Um dia, durante uma festa infantil e ao som das marchinhas de Emilinha Borba, o rapaz perdeu o equilíbrio e acabou estatelado sobre uma saca de açúcar, espalhando-o pelas jujubas que aguardavam sua vez de ir à mesa. O único consenso em toda a história das jujubas é que o doce diverte toda a garotada. Uma dica é colocar pequenas porções das balinhas em saquinhos transparentes e amarrá-lo com fitinhas coloridas. Entregue a lembrancinha junto com o presente de seu pequeno. Ele vai adorar! 



Maria-mole
Outro doce brasileiro de responsa é a maria-mole. Feito com açúcar, claras em neve, gelatina incolor e coco ralado, tem consistência esponjosa semelhante à do marshmallow. No mercado há versões pré-prontas do doce que não devem nada para os feitos em casa. Para um toque infantil, despeje algumas gotas de corante na hora do preparo.



Doce de leite
O doce de leite é tradicional de vários países da América Latina. Sua origem é incerta, mas está ligada à rápida expansão na produção de sacarose de cana-de-açúcar nas no Brasil, América Central e Antilhas, a partir do século XVI. O açúcar da cana passa a ser usado na conservação de vários produtos orgânicos, inclusive o leite de vaca ou de cabra, dando origem a produtos similares ao doce de leite atual. Hoje, no Brasil, o doce é produzido em escala industrial por todas as empresas beneficiadoras de laticínios. Pequenas marcas, principalmente do Estado de Minas Gerais, produzem o doce artesanalmente e esses são os mais saborosos.  Se quiser prepará-lo em casa ferva leite com açúcar até obter a consistência desejada, pastosa ou sólida. Isso pode levar horas. Se preferir, cozinhe uma lata de leite condensado em panela de pressão por 20 a 30 minutos.



Pé de moleque
Amendoim e rapadura, essa é a combinação brasileiríssima que dá origem ao pé de moleque. Quando feito em tacho de cobre, este fica ainda mais saboroso. Torre o amendoim e misture-o à rapadura já derretida. Leve ao fogo, mexendo sempre, até começar a cristalizar. Depois, jogue em uma superfície lisa e fria de pedra até que esfrie. O pé de moleque surgiu no século XVI, junto com a cana de açúcar. Nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, o doce está relacionado a cultura caipira e açoriana. A cidade de Piranguinho, no sul de Minas Gerais, por exemplo, é famosa pela produção artesanal do doce. Lá, acontece anualmente a festa do maior pé de moleque do mundo.



Doce de mocotó
Sabe aquele docinho branco e rosa? Ele é batizado de doce de mocotó, palavra que em tupi significa patas sem casco. O ingrediente principal era utilizado na alimentação dos escravos no século XIX, por ser rico em proteínas e aminoácidos. Mas, atenção ao rótulo na hora de comprar o doce. A maioria deles não leva mocotó e é feito apenas de gelatina.

 

Coração de abóbora
O doce de abóbora em formato de coração tem uma história bastante peculiar. Descendentes de Eslovacos e saxões contam que um rapaz ruivo e cheio de sardas em seu rosto teria arranjado uma namorada. Ao descobrir o gosto da garota pelas compotas da venda do português, o menino pedira à sua mãe, de origem holandesa, para preparar um doce de abóbora a fim de presentear a amada. A tentativa de copiar o doce vendido pelo português não deu muito certo. Seu doce ficou pastoso, com cara de geléia. O rapagão, então, inventou de dar um susto no doce. E deu certo: ele empedrou e o garoto o moldou em forma de coração.

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